22.12.06

Raças: Hereford


A raça hereford tem registros de origem no Condado inglês do mesmo nome (provavelmente de cruzas entre bovinos escandinavos e franceses, há mais de 150 anos ). No Brasil, o primeiro exemplar chegou em 1906 e Laurindo T. Brasil, de Bagé (RS), em 1907,foi quem efetivou o “Herd Book” da raça, registrando um touro argentino. Já em 1910, registrando-se os primeiros ventres, oriundos do Uruguai.
A partir daí, a raça hereford com sua variedade môcha , polled hereford, cresceu e se firmou de tal forma no pais, notadamente no sul, onde o clima e topografia mais se assemelham a sua origem.

Características
A versatilidade e a eficiência da raça hereford, são comprovadas na relação de seis habilidades quase que exclusivas:
adaptação aos mais diversos ambientes e sistemas de produção, graças a sua docilidade e rusticidade;
índice de fertilidade dos mais altos da espécie, quando favorecidos com manejo e alimentação adequados;
excepcional ganho de peso a pasto, sendo comum novilhos de 450-500kg aos 18-24 meses;
preponderante nos cruzamentos com outras raças, especialmente as zebuínas;
indiscutivelmente a raça mais cosmopolita do mundo, o que facilita genética abundante e qualificada;
altamente lucrativa para criadores, invernadores e frigoríficos, graças ao espetacular índice de rendimento de carcaça, superando outras raças européias.
O touro hereford é de alta libido e viril no aproveitamento do salto. A busca de mais terneiros (bezerros) com uso de menos touros e mais peso no novilho jovem, passa, inquestionavelmente, pelo hereford.
Performance, praticidade e lucratividade combinadas tornam o gado de corte hereford a raça mais abundante em diversas regiões do mundo, sendo amplamente reconhecida como raça básica. A fertilidade, rusticidade, eficiência alimentar, longevidade e adaptabilidade são habilidades típicas para o hereford.
O gado de cara branca continua a desempenhar um papel de destaque na indústria de carne bovina. .A produção de carne é sua aptidão principal. É uma carne saborosa, tenra e com pouca gordura, quando de animais jovens. O gado é resistente ao extremo em condições adversas, tanto ou mais que qualquer outra raça européia. São animais bastante eficientes em regime de pasto, apresentando neste contexto terminação adequada ao produzir carcaças de carne bem marmorizada com o esqueleto forte e boa massa muscular, principalmente na região dorso- lombar e quartos, onde estão os melhores cortes, como o mercado exige.

Cruzamento industrial
Foi comprovado cientificamente que o cruzamento com raças zebuínas, faz do hereford uma raça imbatível em suas qualidades de habilidades materna, fertilidade e condição de acabamento, conferindo esta precocidade inerente às raças de campo.
Quando cruzado com raças desprovidas do mínimo de gordura para o congelamento da carcaça no frigorífico, ele complementa as raças nessas qualidades. Outro cruzamento satisfatório é do hereford com o nelore.

Ganho de peso
Em testes realizados na avaliação de ganho de peso a campo com o hereford, na cidade de Bagé/RS, ficou registrado que o lote dente de leite (hereford x nelore x charolês) x hereford apresentou peso total de 553kg (peso líquido de carcaça 356kg), com rendimento de 61,48%, comprovando a qualidade da raça.

Melhoramento genético
O melhoramento genético é um dos pontos fundamentais na criação de bovinos de corte, pois somente com animais de qualidade comprovadamente superior, selecionados através de programas bem orientados, é que se poderá alcançar a competividade necessária. O hereford participa do Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne- Promebo, que funciona através da comparação, em bases justas, dos desempenhos produtivos do maior número de indivíduos, com a mesma técnica usada para os mais importantes programas de seleção existentes no mundo.
Cerca de 55% dos animais controlados pelo Promebo são da raça hereford, que detém também o maior número de pedigree: cerca de 3.000 a cada ano.

Padrão da raça
Desde sua descoberta, o hereford manteve a pelagem vermelha, variando do amarelo até o cereja; apresentando a cabeça, região inferior e extremidades da cauda, brancas. No começo ocorriam as seguintes pelagens: vermelha de cara branca, vermelha de cara salpicada, cinza clara e parda.
Gradualmente, a pelagem “pampa” característica foi se impondo, hoje considerada “marca de pureza” da raça.

14.12.06

Raças: BRANGUS



O Brangus é uma raça sintética desenvolvida nos E.U.A, através das raças Aberdeen Angus e o Brahman.ao mesmo tempo no Brasil, em 1945, um trabalho semelhante foi desenvolvido pelo Dr. Mário de Oliveira que iniciou o plantel Aberdeen Angus utilizando como matrizes 2 reprodutores da raça nelore, na Estação Experimental de Cinco Cruzes, Bagé / RS. no inicio a raça desenvolvida no Brasil, em Bagé, chamava-se Ibagé. após a liberação para a entrada da raça zebuína Brahman no Brasil em 1994, genetica Brangus dos Estados Unidos, chegaram ao Brasil.

CARACTERÍSTICAS
A raça Brangus tem como qualidades marcantes:
rusticidade e adaptação: acostuma-se com grande facilidade em diversos tipos de clima e flora, possui extraordinária capacidade de transformar forragens grosseiras em proteínas;
fertilidade: herança de umas das principais características do Aberdeen angus – são altamente prolíferos;
longevidade: as vacas produzem normalmente com mais de 14 anos;
precocidade: as fêmeas são precoces e férteis, com grande habilidade materna, os touros além de férteis, imprimem todas as características da raça devido a sua prepotência genética.
Devido ao vigor híbrido individual os bezerros, quando bem pensados, são desmamados e aos dois anos já estão prontos para o abate;
Rendimento de carcaça: os rendimentos alcançam a 60%, o que torna altamente interessante para os produtores e frigoríficos. Os bovinos brangus produzem mais de 40% de rendimento de traseiro, zona de maior valor comercial, onde estão os valiosos cortes da cota “Hilton”.
Carne: de excelente qualidade, com pouca deposição de gordura, é a mais diputada no mercado interno e internacional;
Peso: apresenta baixo peso ao nascer, não causando problemas de parto. O novilho brangus consegue ganhar peso mesmo nos meses secos, quando animais de algumas raças paralisam o desempenho. Tudo isso se deve a sua tolerância ao calor e a ectoparasitos.
Somando o que há de melhor no brahman , nelore e Aberdeen angus, o brangus tornou-se naturalmente produtivo e com grande facilidade de adaptação em qualquer região do país.
A resistência dos animais faz com que o gado trabalhe bem tanto na produção, reprodução, com grande capacidade de subtrair alimentos.
Apelagem pode ser preta ou vermelha.

CRUZAMENTO INDUSTRIAL
O método mais viável de cruzamento para o brangus é o tradicional, ou seja, a absorção 1/2sangue por brangus e o cruzamento absorvente.
Como a raça é sintética, apresenta no vigor da heterose uma arma importante na evolução dos seus índices de produção, como o rendimento de carcaça, que chega a aumentar entre 15% e 20%.
O brangus é originário do cruzamento entre angus e brahman, com a base em matrizes zebu, principalmente o nelore e para que a raça se mantenha forte, vigorosa e em constante desenvolvimento, é necessário mais do que selecionar e avançar em gerações.
No cruzamento desta raça o criador deve Ter cuidado ao balancear as características reprodutivas e produtivas, tendo em mente que sem adaptação não há produção.
a) Reprodutivas:
fertilidade/ intervalo entre partos;
peso adulto da matriz/ necessidade de manutenção;
peso ao nascer/ facilidade de parto;
habilidade materna/ taxa de desmame;
produção de leite/ peso do bezerro ao desmame;
precocidade/ vida útil da matriz;
b) Produtivas:
precocidade/ rapidez de terminação da carcaça;
conversão alimentar/ eficiência em confinamento;
rendimento da carcaça/ relação músculo - osso - gordura;
qualidade do produto final / marmorização/ sabor, maciez e textura.
O trabalho de seleção da raça para um bom resultado necessita de boa orientação, persistência, competência e bom acompanhamento.

GANHO DE PESO
Para comprovar o ganho de peso, o brangus mostrou o bom desempenho a pasto numa prova realizada em Mato Grosso do Sul, no período de maio/98 a março/ 99: foram 39 machos instalados na Fazenda Santa Rita, no município de terrenos.
Os animais tinham peso médio de 245 quilos e idade de oito meses. O objetivo foi avaliar o desempenho desses animais sob as condições das fazendas brasileira. Aprova durou dez meses e o resultado final foi valorizar ainda mais as características da raça: ganho de peso (50%), conformação (10%), precocidade (15%), musculatura (10%)e circunferência escrotal (15%).

MELHORAMENTO GENÉTICO
O brangus traz em sua origem a preocupação com a seleção genética e o trabalho de melhoramento genético não acontece rapidamente, exige muito empenho e atenção do reprodutor.
A Associação Brasileira de Brangus Ibagé – ABI, concentra nossa luta na divulgação das qualidades emergentes do uso de tecnologia de ponta na produção de carne, tanto para o produtor como para o consumidor final, abolindo idéias primitivas e em base científicas. O objetivo da Associação é melhorar o nível de conhecimento de todos que fazem parte desse importante segmento da economia mundial.
No relatório 98/99 da Associação Brasileira de Inseminação Artificial, foram comercializadas 41.040 doses de sêmen de brangus.

PADRÃO DE RAÇA
O brangus é um clássico biótipo de raça produtora de carne. São animais volumosos, compridos, de boa profundidade, com costelas bem arqueadas e separadas, dorso e lombo amplo e compridos com boa coberturas de carne. Apresentam linhas superiores e laterais retas, a linha abaixa é reta, limpa, sem excesso de peito e pele. Os posteriores são bem amplos, de contornos alongados e musculatura firme. A pele de espessura fina e média é fortemente pigmentada, com capa de pelos finos, curtos e brilhantes. As fêmeas, além das características acima tem um bom desenvolvimento de úbere e tetas, boa amplitude dos ossos coxais e sacro, e possui expressão feminina de boa mãe.

Raças: Aberdeen Angus




O berço da raça Aberdeen Angus é a Escócia e seu nome foi tomado dos condados onde começou o seu desenvolvimento: Aberdeen e Angus. A história registra a existência dos “vacuns mochos pretos”, no condado de Angus, antes do século XVI e sua origem é tão remota que é impossível precisar como e quando apareceram. O primeiro reprodutor Aberdeen Angus a entrar no Brasil foi o touro Menelik, em 1906, da criação de Felix Buxareo y Oribe, do Uruguai. O touro foi importado pelo pecuarista Leonardo Collares Sobrinho, de Bagé, município situado na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai.

Características

O Aberdeen angus se destaca entre as raças taurinas por reunir um grande número de características positivas que lhe asseguram um excelente resultado econômico como gado de corte. O conjunto de suas característica a tornam uma raça completa. São encontrados dois tipos de animais, segundo a cor do pêlo: o preto (black angus) e o vermelho (red angus).Na busca de uma pecuária mais eficiente, quando planeja - se um cruzamento, o produtor deve ter em conta não só a utilização de novilhos pesados e precoces, mas também de fêmeas de reposição que tenham alto índice de habilidade materna, períodos entre partos curtos e alta resposta reprodutiva, quando à repetição de crias. Através de sua fertilidade, o gado angus proporciona aos seus criadores um grande rendimento, tanto pelo número de bezerros nascidos, quanto pela quantidade de quilos obtidos por hectare. A longevidade, associada à fertilidade, representa ao final mais crias produzidas.Segundo a Associação de Criadores, em comparação com outras raças, o aberdeen angus tem demostrado que, nas mesmas condições alimentares, atinge mais cedo a puberdade e o estado de abate. A precocidade do angus reflete - se no abate de novilhos jovens, que, além de uma necessidade mercadológica, é fator fundamental de uma pecuária de retorno mais rápidos.A rusticidade é facilmente identificada pelo grande número de animais (machos e fêmeas) espalhadas pelas várias regiões climaticamente diferentes do país, mantendo suas qualidades inalteradas. O angus mostra maior resistências a enfermidades, grande adaptação às condições ambientais dos territórios onde é criado, seja com temperaturas extremas, altas ou baixas, solo seco ou alagadiço, campos altos ou abrigados, pastagens ricas ou pobres. Mesmo em situações adversas, as fêmeas angus produzem bezerros e os amamentam adequadamente, nem que para isso tenha que sacrificar parte de sua “gordura marmorizada”. A facilidade de parto gera um terneiro de porte médios, não muito pesada ao nascer; o ventre angus tem reduzido desgastes na parição, o que abrevia a sua recuperação pós - parto, favorecendo a repetição de cria e diminuindo o entervalo entre partos.A qualidade de carne é um dos atributos excepcionais da raças aberdeen angus, garantido - lhe uma posição de liderança, evidenciada através da opinião de autoridades do setor, e confirmada nos principais mercados produtores. O aberdeen produz um animal com alta qualidade de carne, apropriada não só para o mercado interno, como também para exportação: este animal apresenta de 3 a 6 mm de gorduras (exigências européias) e sua carne é marmorizada (gorduras entremeada na carne). A perfeita e uniforme distribuição da gordura no tecido muscular lhe confere um aspecto muito mais atraente, maciez e sabor singular.

Cruzamento Industrial

Os cruzamentos industriais estão cada vez mais difundindo na pecuária.A raça aberdeen angus tem participado destes cruzamentos porque imprime nos seus descendentes maior fertilidade, rusticidade e velocidade no ganho de peso. Existem três esquemas alternativos de cruzamentos industriais, tendo sempre como base a utilização de aberdeen, na variedade preta ou vermelha.

1) Sistema alternativo com duas raças

É um sistema simples em que se deve usar a raça aberdeen angus com qualquer outra raça, seja da espécie taurina ou zebuína. Utiliza – se o touro angus com a raça B, vendendo – se os novilhos e conservando – se as novilhas. As novilhas meio sangue serão cruzadas com a raça b e os ventres desses cruzamentos com angus.

2) Sistema Tricross Rotativo

No sistema rotativo com três raças, coloca – se um touro zebuíno sobre ventres aberdeen. Os novilhos são vendidos. As novilhas serão conservadas para cruzamento com uma raça taurina européia, compatível com o tamanho do aberdeen. As filhas do cruzamento com o europeu serão acasaladas com angus, cujos descendentes voltam com o zebuíno.

3) Sistema Tricross Terminal

No tricross terminal, usa – se o touro aberdeen angus numa raça zebuína ou taurina européia compatível com ele. As filhas deste cruzamento são conservadas na propriedade para serem acasaladas com uma raça C, ou terceira raça. Essa terceira raça deve ser, de preferência, de grande porte, porque todos animais, machos e fêmeas, irão à venda. Nesse sistema é preciso ter sempre a raça angus mais outra, porque as filhas do terceiro cruzamento são eliminadas da propriedade.

Ganho de Peso

O ganho de pese de terneiros, do nascimento ao desmame, é altamente dependente das condições alimentícias. No cruzamento de aberdeen angus com diversas raças, constatou – se aumentos de 5 a 15% de heterose para peso ao desmame, o que destaca a maior habilidade materna da vaca cruza. A produção de novilhos é largamente afetada pelo cruzamento e apresenta variações positivas de 4 a 15% no ganho de peso diário, de 0,5 a 3% no rendimento de carcaça fria, de 0,5 a 2% para os dados de tipificação de carcaça.

Melhoramento Genético

Um programa visando o melhoramento genético de bovinos de corte é realizado anualmente pela Associação Brasileira de Criadores de Aberdeen Angus, em conjunto com outras entidades. Este programa utiliza o Teste de Avaliação a Campo de terceiros angus. Os animais iniciam os testes com idade média de sete meses, mantidos em campos nativos e em pastagens cultivadas. Quando da conclusão do programa, são pesados e avaliados em suas performances. Para serem aprovados, além do ganho de peso, os animais devem superar parâmetros de características raciais, tamanho corporal, conformação muscular, aprumos, reação ao ambiente e potencial de cobertura.

Padrão da raça

Cabeça: de tamanho médio, mediamente alongada, de perfil entre ligeiramente côncavo a reto, “Poll” bem definido, especialmente nas fêmeas. Olhos amplos, bem separados. Orelhas de tamanho médio nos machos e grandes nas fêmeas.

Pescoço: de comprimento médio com musculatura firme.

Corpo: comprido, de profundidade média, dorso e lombo amplos e compridos, quartos muito amplos, pernas amplas, grossas cheias.

Pele: de espessura fina a média, de pêlos finos, curtos e densos.

Cor: preto ou vermelho. Os pêlos brancos com pele clara. O úbere pode ter manchas brancas desde que abranja parcialmente sua superfície.

Associação: www.angus.org.br

13.12.06

Ei visitantes!

Ei amigos, visitantes!

Aguardem. este blog foi criado em 13/12/06, então ele tem muito pouco conteudo ainda.
mas ele será atualizado diariamente e tera muito conteudo pra vc!
visite sempre,
Até mais,

Nathã Carvalho - Pesquisa Genética
Alegrete/RS

Hoje é o Primeiro Dia

Hoje!!

Bem Vindos, ao Blog da Agropecuária Nacional, Internacional.

Aqui você vai confeirir tudo sobre a agropecuária, raças, fotos, noticias, exposições.

Atualização diária.

Contamos com a sua preciosa visitação!

Pesquisa Genética