11.1.07

Nathã Silva de Carvalho


Poderia Simplesmente seguir e copiar as atitudes do Pai, ou por referencia, o modelo gaúcho de ser pecuarista, começando por calçar Botas, vestir Bombachas, Saborear uma carne, percorrer os campos á cavalo, Servir um mate... Mas tudo isso é muito pouco. Existe algo mais pelas Campinas gaúchas do que simplesmente bois pastando. A Ciência evoluiu e a pesquisa genética é vital para a matéria prima do homem no campo: o Gado. Nathã Silva de Carvalho, 15 anos, Hoje um guri, amanhã, quem sabe, um outro Assis Brasil, grande liderança política e fazendeiro, importador de raças. O Pequeno Nathã reside em Alegrete/RS. É Repórter Mirim da Revista Melhore, que aborda cruzamento industrial ( Produção de carne) entre as raças de corte e outras revistas que divulgam exposições, criadores e tudo sobre as raças, tais como: Brahman, Nelore e Tabapuã. Também a revista Cavalos, direcionada para eqüinos. No oficio desde 2003, pesquisa raças Bovinas e diz que ama e adora o que faz. Para não deixar nada Para traz e nem perder seus apontamos, criou a partir de 2003, uma pasta com textos falando das raças ( Origem, características, aceitação no Brasil...). Tudo documentado por fotos. Nesta pasta contam 180 raças diferentes.

Participação em Feiras
Sua Primeira Expointer (Esteio/RS) foi em 2003, quando por durante um dia e meio, percorreu os pavilhões e as baias da feira, ocasião que nada sabia sobre raças. Naquele ano participou da exposição a raça Bovina de corte chamada Blonde d´Aquitaine, de origem francesa, por sinal pela ultima vez na Expointer e com apenas 5 exemplares. Tirou 40 fotos de Bovinos, como não sabia o que eram raças raras na expointer, o Blonde não lhe chamou a atenção. Mais tarde foi descobrir que não era uma raça fácil de se ter em Esteio, tanto que ela não participou mais da Exposição. Hoje Nathã se arrepende por não ter registrado em fotos a presença desta raça. Explica que isso acontece muito na Pecuária de Corte, de raças saírem fora do mercado durante um tempo e depois descobrirem nela, uma nova qualidade que faz com que ela volte e a aceitação seja maior. Outra raça, destaca, que esteve em Esteio em 2003 a Girolando, raça leiteira, originária do cruzamento da raça Holandês com o Zebuíno Gir Leiteiro. É muita aceita no Brasil, mas no Rio Grande do Sul é pouca difundida. Nesse sentido, Nathã revela que está preparando um Projeto para que seja iniciado um trabalho de divulgação e difusão junto com os criadores do Brasil central, através da Expointer. “Vamos expor os animais em 2007, de 25 de Agosto á 02 de Setembro”. A Idéia segundo ele, é mostrar os animais da raça e tentar influenciar na escolha que o produtor rural tem que fazer. Explica que o produtor comercial, que tem vacas leiteiras de diferentes raças e comercializa o leite para a industria, procura as melhores genéticas produtoras, quando vai comprar um touro de raça leiteira e tem que escolher entre as Principais raças do Rio Grande do Sul que são: Holandês, Jersey e Pardo Suíço. “Isso quero que aconteça também com o Girolando. Vamos introduzir essa genética que muito pode contribuir para a pecuária leiteira gaúcha”, leva fé o obstinado guri.
Sobre a questão das exposições, participou de 4 edições da Expointer e destaca a Expozebu em Uberaba/MG em 2005, feira que foi essencial para se aprender como realmente é a principal genética Zebuína. Gado que veio da Índia. “Queremos também introduzir mais ainda a genética zebuína aqui no Sul. De 200 para cá os zebuínos cresceram mais de 1000% tanto na utilização em cruzamentos e criadores de animais PO, quanto por demanda, principalmente nas raças Brahman e Tabapuã, além de Nelore e Gir ter crescido muito também.” Comenta Nathã sobre seu outro projeto de reconhecimento da grande contribuição genética do Zebu para o Brasil.

Superando Dificuldades
Pesquisando os preços de passagens e conversando com os Pais, pois queria muito ir á Expozebu. Acharam que era muita pretensão do Garoto. Mas com persistência e muito trabalho, dele e de toda a família, que se engajou para conseguir os recursos, foi obtido uma ajuda financeira junto aos criadores e Amigos. “Esse processo foi desgastante, mas recompensado ao se conseguir”.Para participar da Exposição o Pai foi junto e la dei muitas entrevistas para os canais de Televisão. Desta forma muitas portas se abriram. “Conheci o pessoal do Canal do Boi e criadores, que até hoje me ajudam para eu poder estar nas principais exposições. Também aproveitei para fazer muitos convites para a Expointer, no sentido, de trazer raças diferentes que podem contribuir para a Agropecuária gaúcha. Em Minas também fiz muitas matérias para as revistas que trabalho, conheci raças, criadores, consegui materiais e aprendi muito em conversas, palestras e contatos, o que contribuiu muito para o meu aprimoramento”.

Contribuições Especiais
Outro projeto de grande vulto que se refere Nathã. Ele conheceu esse ano o criador Fábio Rodas, proprietário da fazenda Água Milagrosa de Tabapuã/SP, fazenda que desenvolveu a raça Tabapuã, zebuína Mocha. “Ele me ajudou muito na estadia em Minas e mais o privilégio e oportunidade de conhecer a Feicorte.Lá, conheci mais criadores. São essas feiras que me ajudam a crescer a cada ano que passa. Tenho interesse em aprender e isso me motiva e faz com que eu vá atrás de informações com os criadores para conseguir material. Dia noite estou lendo, estudando, fazendo matérias para Revistas e as feiras são muito validas para isso”
Essas participações, revela, foram metas que estipulou em sua mente e que seriam atingidas, apesar do desgaste e do trabalho para conseguir os recursos.
Sempre motivado e lutando pelos seus projetos, acrescentou na agenda outras exposições que pretende visitar e buscar subsídios: Jaguariúna/SP e, quem sabe a Exposição de Palermo em 2007.
São cinco anos de estudos atrás da grande meta de ter sua própria fazenda, criar algumas raças e fazer o que gosta e que lhe satisfaz a cada dia. Esse é Nathã, que firmou os palanques da Mangueira, abriu as porteiras dos sonhos, saiu a Galope campo a fora e ninguém mais segura.

Esta foi uma matéria realizada em agosto de 2006, por um jornal de Restinga Seca/RS.